[continho erótico]

 

Da última vez, ele me pegou quase que à força – e eu gostei.

 

Estávamos deitados, brigáramos  por  algo que não  vale nem o tungstênio desta bic vermelha relembrar, tão debiloidemente  conseguimos discutir por minúcias risíveis. Mas, enfim! Deitado, ele espichou o braço além do alcance do seu território de cama, inequivocadamente puxando-me para baixo do lençol dele.

Miserável.

Ele estava nu. Deliciosa e tentadoramente nu. Despido da modéstia e do pudor. Pelos pelos pubianos deveria estar… o objeto do meu desejo – do meu mais louco e salivante desejo. Relutei. Resisti. Não é assim que se acaba uma discussão. E não me interessa se a minha TPM ditava as absurdices que eu dizia. Era uma discussão, caralho! Não se acaba uma discussão assim. Não mesmo. Não… Respiração pesando, audivelmente pesando mais e mais. Filho da mãe do guarda! Ele sabia por demais do meu tesão por ele. E se ofertava assim, gratuitamente, à minha disposição…. de grátis mesmo. Feladaputa. Mas ia ver… ora se ia!… o cão que viesse, mas eu não arredaria um milímetro para perto de… Ai… Que droga! pensei em abocanhá-lo… hmmm.. NÃO. Sou mais forte do que o meu desejo por ele. Sou, sim. Eu consigo. Calma. Devagarzinho, é só deslizar para  fora deste lençol e…

(e tomar um banho de cachoeira às duas da madrugada, ou então, me trancar dentro do freezer até o dia raiar e eu virar um picolé sabor tesão reprimido ou sair para a rua e estuprar violentamente o primeiro que tiver o azar de passar na minha frente ou…)

Evasiva frustrada. Ainda de olhos fechados, o filho alheio me agarra forte e decididamente os cabelos ao mesmo tempo em que afasta de si o lençol com a outra mão (nossa! quanta coordenação motora!!) e me empurra para a… Aaa…

Abocanhei. Gulosamente. Esquecida da briga, da discussão, do tempo, das contas, do chocolate, da internet, do facebook, de tudo o quanto possa existir no mundo real e virtual. O momento se limitava e se resumia a provar, lamber, sorver, chupar, ameaçar mordiscar, cheirar… por que ele tem de ter um órgão tão gostoso, porra? Geralmente não gostava nem de passar a mão nos pertences pessoais dos meus poucos homens, mas ele… Eu sempre quero oralizar, sexualmente falando. E não me canso de experimentar fazer coisas: passar a língua bem lentamente, ir abocanhando até quase engasgar (ele é grande!…), esfregar meu rosto nele, chupar como se a minha possibilidade de viver fosse extraída dali,  girar a língua em torno dele enlouquecidamente, subir e descer subir e descer subir e descer a boca continuamente – entre as tentativas de que me lembre agora. E me aventuro com ele; ele me deixa livre para descobrir, inventar, confia em  mim para que eu faça o que eu quiser. Além disso, o sabor é incomparável, o cheiro me atiça a continuar e ir em frente – até que minha mandíbula reclame dos excessos de exercícios.

Cansei. Saí do meio de suas coxas e sentei-me ao pé da cama.  Silencioso e rápido, ele se levantou, ajoelhou-se  sobre a cama, puxou-me de novo pelos cabelos e me forçou a continuar a chupá-lo mais um pouco, para logo em seguida empurrar-me para a cama e me arrancar o pijama, sem nem prestar atenção ao meu ridiculamente enfraquecido “Não” quando tirou a calça do pijama de mim – com calcinha e tudo. Abriu-me as coxas e se enfiou em mim de uma só vez. Filho da mãe. Maldito. Maldito filho da mãe delicioso. E ainda me encontrava assim, toda preparadamente ensopada – sem quase nenhum empecilho além de uma negativa positivamente afirmativa.

Não adiantou nenhum queixume, nenhum ai, nenhuns gemidos pretensamente sofridos. Ele aproximou a boca do meu ouvido  e sussurrou-me um comando militaresco:

– Quieta! Fica quieta.

E, sem se importar comigo nem com meus gozos múltiplos que me torciam o corpo todo por sob ele, ele continuou se mexendo rítmica, concentrada e persistentemente dentro de mim. Delicada, com força, alternando movimentos de vai e vem com súbitos arranques laterais, orquestrando em mim um coro de gemidos entremordidos, indo… quando… Inundação. Multiplicidade de prazer em gozos simultâneos explodindo dentro de mim.

Quando finalmente acabou, agarrei-lhe as pernas com minhas próprias pernas, desesperada.

– Não! Não vai!

– Calma – soltou, rindo-se um pouco da minha agonia.

Foi, tranquilamente, cuidar da própria vida, acessar a net, jogar online – enquanto eu sofria, jogada na cama, a felicidade cansativa de tentar recompor minhas moléculas espalhadas pelo universo. Filho da santa… cansou-me mesmo.

Tanto esforço para não me aproximar, para não cair na tentação. Inútil.

Cansada, quase forçada. E, ordinária que eu sou, satisfeita para além da conta.

(Conto Erótico – Tetê Macambira)

 

[originalmente publicado em 22/3/12 no blog Dragonesa2012 – dragonesa2012.blogspot.com ]

[conto erótico]

Da última vez, ele me pegou quase que à força – e eu gostei.

Estávamos deitados, brigáramos  por  algo que não  vale nem o tungstênio desta bic vermelha relembrar, tão debiloidemente  conseguimos discutir por minúcias risíveis. Mas, enfim! Deitado, ele espichou o braço além do alcance do seu território de cama, inequivocadamente puxando-me para baixo do lençol dele.

Miserável.

Ele estava nu. Deliciosa e tentadoramente nu. Despido da modéstia e do pudor. Pelos pelos pubianos deveria estar… o objeto do meu desejo – do meu mais louco e salivante desejo. Relutei. Resisti. Não é assim que se acaba uma discussão. E não me interessa se a minha TPM ditava as absurdices que eu dizia. Era uma discussão, caralho! Não se acaba uma discussão assim. Não mesmo. Não… Respiração pesando, audivelmente pesando mais e mais. Filho da mãe do guarda! Ele sabia por demais do meu tesão por ele. E se ofertava assim, gratuitamente, à minha disposição…. de grátis mesmo. Feladaputa. Mas ia ver… ora se ia!… o cão que viesse, mas eu não arredaria um milímetro para perto de… Ai… Que droga! pensei em abocanhá-lo… hmmm.. NÃO. Sou mais forte do que o meu desejo por ele. Sou, sim. Eu consigo. Calma. Devagarzinho, é só deslizar para  fora deste lençol e…

(e tomar um banho de cachoeira às duas da madrugada, ou então, me trancar dentro do freezer até o dia raiar e eu virar um picolé sabor tesão reprimido ou sair para a rua e estuprar violentamente o primeiro que tiver o azar de passar na minha frente ou…)

Evasiva frustrada. Ainda de olhos fechados, o filho alheio me agarra forte e decididamente os cabelos ao mesmo tempo em que afasta de si o lençol com a outra mão (nossa! quanta coordenação motora!!) e me empurra para a… Aaa…

Abocanhei. Gulosamente. Esquecida da briga, da discussão, do tempo, das contas, do chocolate, da internet, do facebook, de tudo o quanto possa existir no mundo real e virtual. O momento se limitava e se resumia a provar, lamber, sorver, chupar, ameaçar mordiscar, cheirar… por que ele tem de ter um órgão tão gostoso, porra? Geralmente não gostava nem de passar a mão nos pertences pessoais dos meus poucos homens, mas ele… Eu sempre quero oralizar, sexualmente falando. E não me canso de experimentar fazer coisas: passar a língua bem lentamente, ir abocanhando até quase engasgar (ele é grande!…), esfregar meu rosto nele, chupar como se a minha possibilidade de viver fosse extraída dali,  girar a língua em torno dele enlouquecidamente, subir e descer subir e descer subir e descer a boca continuamente – entre as tentativas de que me lembre agora. E me aventuro com ele; ele me deixa livre para descobrir, inventar, confia em  mim para que eu faça o que eu quiser. Além disso, o sabor é incomparável, o cheiro me atiça a continuar e ir em frente – até que minha mandíbula reclame dos excessos de exercícios.

Cansei. Saí do meio de suas coxas e sentei-me ao pé da cama.  Silencioso e rápido, ele se levantou, ajoelhou-se  sobre a cama, puxou-me de novo pelos cabelos e me forçou a continuar a chupá-lo mais um pouco, para logo em seguida empurrar-me para a cama e me arrancar o pijama, sem nem prestar atenção ao meu ridiculamente enfraquecido “Não” quando tirou a calça do pijama de mim – com calcinha e tudo. Abriu-me as coxas e se enfiou em mim de uma só vez. Filho da mãe. Maldito. Maldito filho da mãe delicioso. E ainda me encontrava assim, toda preparadamente ensopada – sem quase nenhum empecilho além de uma negativa positivamente afirmativa.

Não adiantou nenhum queixume, nenhum ai, nenhuns gemidos pretensamente sofridos. Ele aproximou a boca do meu ouvido  e sussurrou-me um comando militaresco:

– Quieta! Fica quieta.

 

E, sem se importar comigo nem com meus gozos múltiplos que me torciam o corpo todo por sob ele, ele continuou se mexendo rítmica, concentrada e persistentemente dentro de mim. Delicada, com força, alternando movimentos de vai e vem com súbitos arranques laterais, orquestrando em mim um coro de gemidos entremordidos, indo… quando… Inundação. Multiplicidade de prazer em gozos simultâneos explodindo dentro de mim.

Quando finalmente acabou, agarrei-lhe as pernas com minhas próprias pernas, desesperada.

– Não! Não vai!

– Calma – soltou, rindo-se um pouco da minha agonia.

Foi, tranquilamente, cuidar da própria vida, acessar a net, jogar online – enquanto eu sofria, jogada na cama, a felicidade cansativa de tentar recompor minhas moléculas espalhadas pelo universo. Filho da santa… cansou-me mesmo.

Tanto esforço para não me aproximar, para não cair na tentação. Inútil.

Cansada, quase forçada. E, ordinária que eu sou, satisfeita para além da conta.

(Conto Erótico – Tetê Macambira)

Publicada por Tetê Macambira / Papel de Arte à(s) 21:15

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Etiquetas: Conto Erótico